quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O que ninguém nunca se atraveu a me contar sobre a maternidade.



Escrevo agora com uma sinfonia de gritos ao fundo, acho que assim me inspiro melhor, pois o que vou dizer agora creio que poucas têm a coragem de dizer: eu quero tacar pela janela!

 Sim, aquele momento em que você está querendo se descontrair bater um papo com os amigos distantes ver vídeos engraçados na internet após 5 horas ininterruptas de galinha pintadinha a última coisa que você deseja ouvir é popopó ou o choro do seu filho implorando por mais popopó.  Agora mesmo (após 3 horas de galinha pintadinha) a Julia repete incessantemente que quer usar o notebook “só um pouquinho”, e a cada frase repetida meu vulcão interior fica prestes a explodir, não é por que não a amo, mas cá entre nós, ninguém aguenta as lágrimas de crocodilo de um serzinho egoísta que ainda está aprendendo que o mundo não gira ao seu redor, é difícil, eu entendo, mas não é motivo pra eu não me irritar.
Eles querem colo nos momentos mais inoportunos, choram na frente das pessoas as quais você reza todos os dias pra que não o façam, não comem a comida que você demorou horas pra fazer, choram mais e gritam, eles gritam muito e correm também, daí quem grita é você.

Uma coisa que devia ser obrigatório durante a gestação eram os cursos de paciência, por que todo mundo diz que “com os filhos vem a paciência”, mas não vem não, eu tenho menos paciência que antes e parece que a cada dia ela está se esgotando mais. Há algumas semanas me peguei de braços abertos, girando e olhando pro céu perguntando alto pra Deus onde eu encontrava a obediência da Julia e a minha paciência enquanto a Julia me olhava com os olhos arregalados, parada sem emitir nenhum som, nesse momento ela deve ter pensado “exagerei, é melhor parar, ela vai querer que eu durma”. Ela tem sorte de ser linda,fofa e de a ocitocina ter sido descarregada no parto, é isso que a salva dos meus momentos em que nem eu tenho vontade de estar perto de mim.

Eu confesso que sinto falta dos meus momentos de sono sem me preocupar com um despertador imprevisível me mandando acordar, é, por que eles não pedem eles mandam e não há sono no mundo que faça você voltar a dormir simplesmente por que você tem um ser de pouco menos de um metro prestes a quebrar tudo dentro de casa se por acaso você se der ao luxo de voltar a dormir.  Outra coisa que sinto falta é da minha liberdade, a gente pensa que é normal uma criança que está sempre correndo e querendo brincar com tudo que se mexe ou não, mas isso irrita e irrita demais. Uma palavra que eu torço todos os dias pra não ouvir é “mamá”, não tem nada mais insuportável que uma criança repetindo a palavra “mamá” cinco vezes então você fala “vou fazer” e ela repete mais umas sete ou oito vezes, talvez ela tenha motivo para continuar repetindo por que sabe que se não fizer isso eu ainda vou demorar pra sair de onde estou e ir fazer mamá pra ela, por que eu não quero ter que lavar mamadeira ou limpar o pó do leite que caiu sobre a pia. Eu também não quero ouvir a galinha pintadinha, coloque moda de viola pra eu ouvir, mas por favor não me deixem escutar a galinha pintadinha mais, me levem para uma ilha deserta mas não em um parque com o rangido repetitivo das balanças e crianças descalças sujas de areia correndo e ameaçando trombar de frente com a minha filha arriscando um dos dois saírem com a testa rachada precisando levar dois ou três pontos.

Existe sim o lado bom da maternidade mas isso vou deixar pra outro dia pois a única coisa que essas declarações lindas sobre a maternidade servem é para me fazer sentir odiável e culpada pela Julia ter eu como mãe. E é algo que ninguém te conta sobre a maternidade é é uma coisa que você vai  sentir praticamente 24 horas do seu dia: culpa, e isso só vai fazer você querer ser uma mãe melhor ainda o que será frustrado e você sentirá mais culpa ainda.

Graças a Deus conheço algumas mães até mesmo dentro da minha família que posso compartilhar os pesares da maternidade, pois apesar da vontade eu sei que não vou jogar pela janela.

4 comentários:

  1. Bsisbsjhsushiasiasjuahs
    Amei
    Tenho uma prima do tipo. Estou com tanto odio da Galinha Pintadinha q fico feliz qndo tem sopa. O problema é q nem da uns tapas na bunda dela eu posso pq logo vem a frase " vc nao é a minha mãe", mas, acredito q até a propria mae ja desistiu. Zhhzhshshahsabjshs

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  2. Bsisbsjhsushiasiasjuahs
    Amei
    Tenho uma prima do tipo. Estou com tanto odio da Galinha Pintadinha q fico feliz qndo tem sopa. O problema é q nem da uns tapas na bunda dela eu posso pq logo vem a frase " vc nao é a minha mãe", mas, acredito q até a propria mae ja desistiu. Zhhzhshshahsabjshs

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. leticia Brero Vilella21 de janeiro de 2017 às 18:50

    bem isso e um pouco mais.... como é dificil ser mãe... e como é dificl escutar os outros falando merda pra vc sobre o q vc tem ou não tem q fazer com seus filhos... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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